segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Viagem ao centro da Terra



Podemos viajar aonde quisermos, essa é uma capacidade que nos assiste, fruto de algo que designamos por imaginação.
Nessas viagens, podemos demorar-nos infinitamente na apreciação do que nos rodeia, debruçar-mo-nos sobre as incongruências de tais viagens é a negação do que está na sua génese.
Ontem viajei.
Embrenhei-me na ingratidão militante de quem não sabe quem é, seres perdidos, inebriados pelo elogio oco, acariciados pela mão que os embala, irmã da que os aponta.
Vivem numa espécie de limbo, sem que a introspecção os alcance, mas ao mesmo tempo vitimas dum ego que sendo alter, se revela nos actos, duma forma involuntária, mas tão determinante.
Costumo dizer que sou o meu próprio carrasco, a exigência com que me mimo, levam, bastas vezes, a que me remeta a niveis de criatividade zero.
Nada disso os atinge.
Preferem a critica submissa de quem se diminui, alimentando-se dessa pesudo superioridade em doses cada dia mais elevadas, consumindo tudo ao seu redor, deixando para trás os que ontem eram os seus primus inter pares, em busca da próxima dose.
Ontem viajei para esse mundo, transportado pela mentira absurda de quem nem dela necessitava, num exercicio de desconsideração para consigo próprio enquanto ser inteligente.
Existem viagens sem volta, esta foi uma delas.
Eu, voltei, mas algo ficou para trás, numa decisão com um toque amargo, doloroso, porque quebrar uma linha, o é, sempre.

M.i...
@deceptions




quarta-feira, 25 de junho de 2014



Psicologia Facebookiana

Mais uma vantagem virtualmente aportada pela invenção do século.
Temos todos uma capacidade inusitada de análise que desconheciamos.
Assim, a partir do que lemos, e principalmente do que não lemos, extraimos brilhantes conclusões, elaboramos intricados perfis que nisso se baseiam tão somente.
Os relatórios circulam por janelinhas privadas, satisfazendo a absoluta necessidade de se ter uma vida mais animada, preferentemente sem que seja a nossa.
Na verdade, nada disto é realmente novo, desde imemoriais tempos, era feito, nas igrejas, nas tabernas, no campo, chama-se cusquice!
Pode ser mais ou menos inocente, servir ou não objectivos mais ou menos definidos e prementes, mas, bastas vezes, passa a fronteira da curiosidade cusca e instala-se na maldicência pura.
E de amigos para sempre, passamos a inimigos figadais.
Maquiavélicos planos soçobram fruto na nossa clarividência e grande perspicácia.
Não se baseiam estas linhas em nenhuma experiência pessoal.
Também sou possuidor desta faceta.
Gosto de pensar que não sou transparente, podem ver através de mim, parte do que escrevo tem essa pretensiosa ambição, no entanto não esgota quem sou, na medida da minha real existência, que, tal como todos Vós, extravasa esta virtualidade, em lados lunares e ou solares.
Psicologia facebookiana, ou, como os paparazzis deixaram a estrada, e hoje passam a vida de olhos num ecran dum smartphone.
Nomeadamente, analiso-Vos!


M. i...

quarta-feira, 11 de junho de 2014

move on...





















Dentro de momentos...
segue a vida...
imparável, inesperada...
apaixonante...
desdobra-se, em momentos, surpreendentemente, desejados...
revira-se, reinventando-se e reiventando-me, de novo.
deparo-me comigo próprio, com o eu redescoberto
sem perguntas
sem passado
sem sequer presente...
vivo o momento
nada mais!
sou o segundo, invejo o minuto, sonho com a hora...
sou feliz assim, nomeadamente, de novo!

M. i... Vosso.





quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Corro!
Não páro!
Palminho, quilometros.

Asfalto
Terra
Areia
Pedra
Todos os pisos são bons.

Corro!
Não páro!

Fujo!
De mim e de ti...

Continuo a correr!

Correndo, a solo, Vosso M. i...

terça-feira, 19 de novembro de 2013


Desfocado, 
por entre camadas de cinzento,
o branco está ali...
 
Falta lá chegar!

Meu, nomeadamente de mim, M. i...